Trata-se de analisar, com base em uma teoria crítica da cultura e da modernidade, a especificidade da produção do conhecimento em ciências humanas. Tendo por base a genealogia da produção do saber neste campo, constatamos que os estudos filosóficos sobre a linguagem permitem construir bases teóricas consistentes para novas e necessárias compreensões em relação aos variados objetos das nossas pesquisas. Isto significa abrir as fronteiras para que o pensamento seja livre de enquadramentos que cerceiam a forma de sua manifestação autoral, no que se refere ao esforço de criação de novas estratégias metodológicas vinculadas à singularidade de cada pesquisa. Aproximar a produção do conhecimento nas ciências humanas da experiência sensível e possibilitar que o conhecimento produzido no âmbito da academia expanda suas formas de interlocução com a vida, vem sendo a nossa intenção. Essa vertente teórica nos permite atender ao rigor próprio do conhecimento em ciências humanas sem desconsiderar os compromissos éticos e estéticos adequados às especificidades das pesquisas nesta área. Alguns autores têm sido nossos guias exemplares: Walter Benjamin, Mikhail Bakhtin, Wittgenstein, Michel de Certeau, Jean François Lyotard, Michel Foucault, Gilles Deleuze e Felix Guattari, Hannah Arendt, para citar apenas alguns. |